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Questões ambientais colocam em debate as novas formas de trabalho

Promovido pelo Dieese , o debate “Trabalho, Meio Ambiente e Transição Justa-Rumo à COP 30” teve a presença de representantes da CUT e de mais oito centrais sindicais

A Jornada Nacional de Debates “Trabalho, Meio Ambiente e Transição Justa-Rumo à COP 30” teve início nesta quarta-feira (9). Trata-se de um ciclo de encontros que está sendo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nas capitais dos 17 estados onde a entidade mantém escritórios. O evento tem apoio da Labora–Fundo de Apoio ao Trabalho Digno.

Na abertura na sede do Dieese em São Paulo diante de um auditório lotado e de uma plateia atenta os representantes da CUT e de outras oito centrais sindicais (CSB, CSP, CTB, Força Sindical, Intersindical, NSCT, Pública e UGT), enfatizaram, principalmente, a importância de as centrais sindicais estarem organizadas para discutir uma pauta única: a questão do trabalho, do trabalhador e da trabalhadora nesses tempos em que o meio ambiente vem sendo castigado violentamente. 

Para eles, é fundamental tratar de trabalho quando falamos de meio ambiente. Destacaram, assim como tratar das inundações, ondas de calor e as secas que afetam, principalmente, os trabalhadores e as populações mais vulneráveis, que têm menos recursos para se protegerem.

Juvandia Moreira, vice-presidente da CUT Nacional abordou a importância da participação da classe trabalhadora na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30), que será realizada em novembro deste ano em Belém (PA).

“A transição justa, que será discutida na COP-30, não pode ser feita só pelos governos ou apenas pelos empresários. Nós, trabalhadores e trabalhadoras, existimos, estamos aqui e temos que lutar para estar presentes em todas as mesas de negociação, em todos os espaços onde se discutem temas que são essenciais para o nosso presente e para o nosso futuro”, disse.

Sebastian Cauvet

A vice-presidenta da CUT avaliou que profundas transformações no mundo do trabalho, impulsionadas pelo avanço da tecnologia, já alteram, significativamente a dinâmica das relações laborais e desafiam governos, empresas e sindicatos a repensarem seus modelos de encarar um novo mundo do trabalho que vem surgindo.

“As mudanças são intensas. Elas alteram tanto a forma como exercemos nossas atividades quanto a quantidade e o perfil dos postos de trabalho disponíveis”, destacou Juvandia.

Ela ainda enfatizou que a discussão sobre o tema reforça que a transição tecnológica não pode estar dissociada do debate, pois essa transição pressupõe inclusão social e a construção de políticas públicas que garantam proteção para os trabalhadores e as trabalhadoras afetados pelas inovações.

“Precisamos discutir essa transição com seriedade e urgência. As mudanças não são apenas futuras, elas estão acontecendo agora, transformando profundamente a sociedade e o mercado de trabalho”, completou Juvandia.

 A condução do debate foi feita por Adriana Marcolino, diretora-técnica do
Dieese. Para ela, a necessidade de uma transição ecológica e justa já é reconhecida por diversos setores da sociedade. No entanto, alerta que essa mudança não pode se dar às custas da ampliação das desigualdades sociais e econômicas.

“A transição ecológica é inadiável, mas ela pode ocorrer mantendo as mesmas lógicas exploratórias que degradam o planeta e aprofundam desigualdades. Se não inserirmos o fator social nesse debate, estaremos apenas rearranjando o modelo atual, sem transformá-lo de fato”, afirmou.

Sebastian Cauvet

Logo após a colocação da diretora técnica do Dieese, os participantes trouxeram à tona questões que mostram que o grande desafio do tema debatido é colocar em prática a construção de uma transição que seja, ao mesmo tempo, ambientalmente responsável e socialmente justa. Para isso, é fundamental garantir a participação ativa dos trabalhadores e das trabalhadoras nas decisões e políticas que moldarão o futuro do trabalho e do planeta.

Próximos encontros

11 de abril

Goiânia (GO)
A partir das 10h, no Sinpro GO
Avenida Independência, 942 – St. Leste Vila Nova

15 de abril

Recife (PE)
A partir das 14h, no Sinttel
Rua Afonso Pena, 333, Boa Vista

Rio de Janeiro (RJ)
A partir das 15h, no auditório do Sinpro-Rio
Rua Pedro Lessa, 35, Centro

São José (SC)
A partir das 9h, na Fetaesc
Avenida Leoberto Leal, 976, Barreiros, São José

16 de abril

Salvador (BA)
A partir das 15h, no Sindae
Rua General Labatut, 65, Barris

17 de abril

Natal (RN)
A partir das 9h, no Sinsenat
Rua Gonçalves Lêdo, 857 – Cidade Alta

22 de abril

João Pessoa (PB)
A partir das 9h, no Sindiágua
Avenida Capitão José Pessoa, 89, Jaguaribe

23 de abril

Distrito Federal
A partir das 9h, no Sindicato dos Bancários de Brasília
EQS 314/315, Bloco A, Asa Sul

Porto Alegre (RS)
A partir das 14h, no Sindipolo
Avenida Júlio de Castilhos, 596, 8° andar, Centro Histórico

24 de abril

Vitória (ES)
A partir das 10h, no Sindfer ES/MG
Avenida Governador Bley, 186, 4º andar, Centro

Belo Horizonte (MG)
A partir das 14h, na Femetal
Rua Curitiba, 1.269, Centro

Curitiba (PR)
A partir de 9h30, na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná – Alep
Praça Nossa Senhora de Salete, s/n – Centro Cívico

25 de abril

Campo Grande (MS)
A partir das 8h30, no Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região
Rua Barão do Rio Branco, 2.652, Jardim dos Estados

30 de abril

Belém (PA)
A partir das 9h, no Sindicato dos Bancários do PA
Rua 28 de setembro, 1.210, Reduto

Por causa da capacidade dos espaços onde a Jornada será realizada, é preciso confirmar participação pelo e-mail relacionamento@dieese.org.br ou WhatsApp 11 97639-7047

fonte: https://www.cut.org.br/noticias/questoes-ambientais-colocam-em-debate-as-novas-formas-de-trabalho-b204

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